Aniversários, confraternizações, shows e carnaval são momentos que para muitas pessoas não podem faltar bebidas alcoólicas, ou seja, líquidos que possuem na sua composição etanol ou álcool etílico. Estudos científicos comprovam que alcoolemia (teor alto de álcool na corrente sanguínea) pode gerar ressaca alcoólica que é a combinação de sintomas mentais e físicos devido ao consumo de bebidas alcoólicas, as principais causas são: fadiga, cefaleia, vômito, náuseas e ansiedade.
Ao ingerir álcool, ele é absorvido e depois decomposto no fígado, onde é metabolizado pela enzima álcool desidrogenase (ADH) em um produto intermediário acetaldeído, que é então metabolizado pela enzima aldeído desidrogenase (ALDH) em acetato e para acontecer todo esse processo, o corpo precisa de energia e para isso transforma NAD em NADH e esse aumento excessivo de NADH pode inibir a transformação de malato a oxaloacetato no ciclo de krebs e essa inibição interrompe a produção de glicose, o que pode gerar hipoglicemia. Outro ponto importante é que o acetaldeído é rapidamente metabolizado pela maioria dos indivíduos, de modo que contribui para a desidratação corporal através do suor e/ou urina.
Com o escopo de solucionar os malefícios da ressaca alcoólica, alguns pesquisadores científicos vêm estudando estratégias nutricionais para minimizar os sintomas, dentre eles, o ingestão hídrica durante o consumo de álcool, que já é uma recomendação do Governo do Estado da Bahia para que favorece na hidratação do corpo. Além disso, utilizar repositores eletrolíticos para coadjuvar na osmolaridade corporal, afinal, a presença de eletrólitos – como o sódio – estimula a passagem de água para o local e isso evita a desidratação.
Outra estratégia é a suplementação de zinco porque dados científicos demonstram que consumir bebida alcoólica em excesso pode facilitar para a deficiência de zinco, tornando a suplementação essencial para o equilíbrio. Um suplemento que está sendo bastante estudado para ressaca é a N-acetil-Cisteína (NAC) com doses a partir de 600mg, os estudos demonstram que auxilia na redução de náuseas, estresse, fraqueza, cefaleia e ressaca em indivíduos que ingeriram bebidas alcoólicas em excesso. O mecanismo de ação ainda não é evidenciado, mas sugere-se que seja devido a ação antioxidante da glutationa em que a cisteína é um importante precursor na sua produção.
Uma outra alternativa é a suplementação de óleo de krill que diminui sede e náuseas, além de diminuir acetatoaldeído, a concentração de álcool no sangue e no ar expirado. O mecanismo de ação proposto é que a presença de EPA, DHA e astaxantina auxiliam para diminuir o estresse oxidativo e os radicais livres e, assim, minimizando os sintomas indesejados da ressaca.
Esse texto foi escrito por Luana Carvalho (@luacarvalhonutri), baseado em artigos
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