Cafeína é uma substância química que pertence ao grupo xantinas e ao mencionar a palavra “cafeína” muitas pessoas pensam rapidamente no café como uma fonte alimentar, afinal, é bastante utilizado por grande parte da população brasileira devido ao seu sabor e odor característicos que é dificilmente reproduzido por outras bebidas. Mas essa substância também está presente em outros alimentos, como cacau, chá-mate, nozes de cola, refrigerante cola e suplementos alimentares (energéticos, pré-treino e termogênicos).

Mesmo a cafeína apresentando sabor e odor peculiares, os indivíduos buscam ingerir suplementos ou alimentos com essa substância por existir diversos benefícios, dentre eles, o efeito estimulante que melhora o foco, desempenho esportivo e raciocínio por ocorrer uma saturação dos receptores de adenosina. A adenosina é  uma estrutura molecular que ao se ligar aos receptores A1 e A2a no sistema nervoso central (SNC) proporciona bem-estar, quando a cafeína chega ao SNC – por ser bem semelhante à estrutura molecular da adenosina – consegue driblar os receptores gerando um estado de alerta e aumentando a capacidade de concentração, por isso, essa substância é a “queridinha” dos atletas, estudantes e trabalhadores noturnos.

Além disso, pode ser utilizada como recurso ergogênico para poupar o uso do glicogênio muscular (armazenamento de glicose) com uso de 3 a 6mg/kg, afinal a cafeína tem a capacidade de estimular a lipólise (quebra das moléculas de gordura no organismo) através do aumento da liberação. Também possui ação neuroprotetora das células nervosas contra a toxicidade da proteína β-amilóide que acumula anormalmente no cérebro de indivíduos com doenças neurodegenerativas e a cafeína consegue impedir a redução progressiva das capacidades cognitivas, evitando o Alzheimer. Outro benefício é a relação inversa entre o consumo de cafeína com o risco de desenvolvimento de Diabete mellitus tipo 2, a cafeína ajuda o hormônio insulina a funcionar melhor diminuindo os níveis de glicemia na corrente sanguínea após as refeições.

Existem diversos benefícios ao ingerir produtos ricos em cafeína, mas uma das perguntas mais feitas é: “Pessoas cardiopatas (doenças cardiovasculares) podem ingerir suplementos com cafeína?”

Vamos sancionar as dúvidas! Embora essa substância aumente a frequência cardíaca, esse sintoma tem a duração entre 3 a 6 horas e as evidências científicas provam que não causa risco de morte ao ingerir produtos ricos em cafeína, mas são os determinantes sociais (tabagismo, alcoolismo e sedentarismo) que têm uma grande relação com Acidente Vascular (AVC).  Além disso, a Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia comprova que a cafeína possui ácido clorogênico, potássio e magnésio que são substâncias responsáveis pelo relaxamento da pressão arterial, evitando o risco de AVC.

No entanto, é preciso já ter o costume de ingerir alimentos ricos em cafeína para fazer uso de suplementos alimentares com essa substância e respeitar a dose de administração segura, que é entre 200 a 300 mg.

Esse texto foi escrito por Luana Carvalho (@luacarvalhonutri), baseado em artigos científicos. Todo material utilizado pode ser disponibilizado quando requerido. Se você ficou com alguma dúvida entre em contato conosco pelo e-mail [email protected].

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