A Deficiência Energética Relativa ao Esporte (RED-S), anteriormente conhecida como a tríade da mulher atleta, é uma condição que se caracteriza por baixa disponibilidade energética, baixa densidade mineral óssea e amenorreia hipotalâmica funcional. Ela resulta de uma redução no consumo alimentar, levando a alterações hormonais como aumento da leptina, redução da grelina e disfunções na tireoide, com consequente hipotireoidismo funcional. Outras consequências incluem baixos níveis de testosterona, estrogênio e progesterona, aumento dos níveis de cortisol, problemas na função menstrual, metabólica e óssea, disfunção endotelial e distúrbios psicológicos. Aumentar o consumo energético diário em 300 a 600 kcal pode ser benéfico para restaurar a disponibilidade energética e apoiar a recuperação.
Para atletas que enfrentam a Deficiência Energética Relativa ao Esporte (RED-S), algumas recomendações são essenciais para promover a recuperação e manter a saúde. É aconselhável o uso de nutrientes imunomoduladores, como L-carnitina (600 mg por dia) e coenzima Q10 (60 mg por dia), que ajudam a melhorar a resposta imunológica e reduzir inflamações.
Para a saúde óssea, é importante repor cálcio elementar na faixa de 600 a 1300 mg por dia, conforme a faixa etária, e garantir uma ingestão adequada de vitamina D, entre 600 e 2000 UI por dia, ajustando conforme a deficiência individual. Esta abordagem ajuda a manter a densidade mineral óssea e prevenir complicações associadas à falta de nutrientes essenciais.
Quanto à saúde intestinal, a modulação com probióticos, prebióticos e glutamina pode ser eficaz. Suplementos com cepas específicas de probióticos, como B. lactis W52 e L. casei W56, auxiliam na melhoria da saúde geral, redução da constipação e na regulação do perfil lipídico, especialmente em indivíduos com baixa ingestão de fibras. Essas medidas são cruciais para promover a recuperação, melhorar a saúde geral e garantir o bem-estar dos atletas que lidam com a RED-S.