A testosterona é um hormônio natural produzido pelos testículos e é o principal
esteróide androgênico presente no organismo. Um dos primeiros experimentos
envolvendo hormônios testiculares foi realizado em 1849 por Arnold A. Berthold, que
observou que a crista de galo dependia dos andrógenos testiculares, pois a
castração levava à sua atrofia e a mudanças comportamentais nos machos. Em
1935, aconteceu um marco na história da testosterona quando Ernst Laqueur a
isolou, e Adolf Butenandt e Leopold Ruzicka conseguiram sintetizá-la pela primeira
vez. Esse hormônio é produzido principalmente nas gônadas e no córtex adrenal de
todos os vertebrados, independentemente do sexo, pelas células de Leydig. O
colesterol é o precursor de todos os hormônios, incluindo a testosterona, e a etapa
limitante de sua produção é o transporte do citoplasma para a mitocôndria.
Para sintetizar a testosterona, o hormônio luteinizante (LH) liga-se aos receptores
da proteína G, ativando a cascata de sinalização com a participação do cAMP PKA
e da proteína StAR, que transporta o colesterol para dentro da mitocôndria. Uma
vez produzida nos testículos e no córtex adrenal, a maior parte da testosterona é
transportada pela globulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) na corrente
sanguínea, podendo exercer seus efeitos nos tecidos quando liberada das
globulinas.
A testosterona tem efeitos masculinizantes (androgênicos) e anabólicos,
especialmente na construção de massa muscular. Parte dela pode ser convertida
em dihidrotestosterona (DHT) ou estradiol por enzimas específicas, dependendo
dos tecidos e das necessidades do corpo.
Embora a testosterona desempenhe funções importantes em diversos tecidos, é
comum associar sua ação principalmente ao tecido muscular esquelético,
principalmente no âmbito esportivo. No entanto, o ganho de massa muscular não
está diretamente relacionado aos níveis circulantes de testosterona, mas sim à
quantidade de receptores androgênicos nos tecidos.
Quando se trata de hipogonadismo (baixa produção de testosterona), é crucial
restaurar os níveis do hormônio para melhorar a saúde e o bem-estar. Os
tratamentos farmacológicos são mais eficazes, mas também apresentam mais
efeitos colaterais. Nutracêuticos, como extratos de ervas, são estudados como
alternativas mais suaves, mas podem ter respostas menos marcantes.
Entre os extratos de ervas estudados, o feno-grego (Trigonella foenum-graecum)
tem sido associado a potenciais benefícios para a produção de testosterona.
Estudos mostraram resultados variados, com algumas pesquisas indicando um
aumento significativo de testosterona, mas os efeitos podem ser mais pronunciados
em indivíduos mais velhos com deficiência hormonal.
Esse fitoterápico em doses entre 250mg a 600mg/dia conseguem aumentar a
produção de testosterona. Alguns estudos mostram aumentos de até 120ng/dL.
Para indivíduos saudáveis sem sintomatologia clínica este aumento parece não
trazer benefícios tão sólidos. No entanto, para indivíduos hipogonádicos ou
mulheres na perimenopausa ou menopausa (onde os níveis de testosterona
reduzem nessa fase) com sintomatologia clínica (falta de líbido, falta de força, baixa
energia, calorões) o aumento da testosterona provocado pelo feno-grego promove
melhorias na qualidade de vida.
Esse texto foi escrito por Eduardo Novaes, baseado em artigos científicos. Todo material utilizado pode ser disponibilizado quando requerido. Se você ficou com alguma dúvida entre em contato conosco pelo e-mail [email protected]. Respeite nosso material intelectual. Sempre que usar nossos textos, mencione o nome do autor e do site, por favor. Acompanhe-nos nas redes sociais e não perca nenhuma notícia e/ou promoção (busque por @certosaude)